Começa novo ciclo de vida para os quelônios do Rio Guaporé, em RO
O Projeto Quelônios do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) de Rondônia tem a meta de recuperar o estoque natural de quelônios no estado, principalmente tartarugas e tracajás. Desde o início do projeto, em 1976, a mudança foi significativa, em uma praia do Rio Guaporé em que desovavam 100 tartarugas e 83 tracajás no ano de 1983, no ano de 2010, desovaram de quatro a cinco mil fêmeas destas espécies.
O agente modificador mais importante do projeto são os praieiros, pessoas das comunidades próximas e agentes do Ibama que cuidam das praias que são utilizadas pelas fêmeas para desova. Eles cuidam para que não haja pesca e caça predatória dos animais e trabalham com a conscientização da população ribeirinha, já que a carne de quelônio é muito apreciada pela população mesmo sendo crime ambiental.
Em 2012, a previsão é de proteger 18 praias do Rio Guaporé e mais de 600 mil filhotes com a ajuda de 16 praieiros contratados, protegendo os animais e seus ninhos de postura dos ovos.
A meta é que o número de fêmeas desovando aumente para seis mil, entre tartarugas e tracajás, que é a mais ameaçada; durante o ciclo de reprodução que dura de julho à dezembro.“Este é o maior projeto de manejo de fauna livre de Rondônia envolvendo a comunidade, por isso ele é tão importante”, diz o executor do projeto no estado, o biólogo Jácomo Antonio Mediote.
O trabalho de manejo é feito com as fêmeas e os filhotes de quelônios, desde a postura dos ovos, a eclosão do filhote e a soltura, tudo no mesmo local de desova no período de julho à dezembro.
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