Comunidade de pescadores do Paraná apoia operação de fiscalização do Ibama
Ibama em conjunto com Capitania dos Portos, Polícia Federal e Batalhão de Policia Ambiental está realizando operações de fiscalização para coibir a pesca predatória, com o objetivo de garantir a proteção do estoque pesqueiro no litoral brasileiro. As ações, planejadas no ano passado, estão ocorrendo em vários estados. No último final de semana (21/22), foi no litoral do Paraná, visando a proteção da tainha. A espécie é a mais procurada durante o inverno.
A pesca é uma atividade milenar, não é uma atividade para um dia ou para um ano. Várias famílias vivem dela. De que adianta lotar o mercado de corvina durante um mês, derrubando o preço do pescado e ameaçando a sobrevivência da espécie com a pesca indiscriminada. Não é uma boa decisão, nem do ponto de vista econômico nem do ambiental. O Ibama faz a parte que lhe cabe, é uma ação necessária para garantir a sustentabilidade da atividade pesqueira, proteger a espécie e as comunidades de pescadores artesanais. Esta é a avaliação de Fabiano Cecílio da Silva, pescador e diretor executivo do Instituto Guajú, voltado para a valorização e resgate cultural da atividade de pesca.
Durante a fiscalização, foi realizada a inspeção naval das embarcações, dos documentos (arrais) dos mestres e das licenças necessárias para a pesca profissional, que resultou na apreensão de 89 quilômetros de redes, 16 toneladas de peixes e cinco embarcações que praticavam a pesca de forma ilegal, vindas de São Paulo e Santa Catarina. O Ibama utiliza um sistema de rastreamento via satélite (PRETs), desenvolvido pela Secretaria da Pesca, que possibilita o monitoramento em tempo real da localização das embarcações de grande porte.
http://www.ibama.gov.br