Rússia propôs moratória de 5 anos para pesca de esturjão no mar Cáspio
A proposta da Rússia é apoiada pelo Azerbaidjão, Irã e Kazaquistão. Em caso de aprovação desta medida dentro de cinco anos se poderá falar de restabelecimento da população do esturjão do Cáspio.
O esturjão, que é uma das espécies mais antigas de peixes, é encontrado nos mares Cáspio, Negro e de Azov. Justamente a ação antropógena abalou catastroficamente a população desses peixes valiosos. A Rússia já em 2002 introduziu moratória à pesca de esturjão. Entretanto esta proibição não deteve os pescadores ilegais.
Dos cinco países que têm saída para o Mar Cáspio somente o Turcomenistão, por enquanto, não apoiou a iniciativa russa. Ela está em posição de espera. Entretanto é perfeitamente provável que em breve ela apoie a iniciativa do Departamento de Pesca Russo – diz o doutor em ciências geográficas, ex-dirigente do Comitê Estatal de Pesca, Alexander Rodin.
“É preciso que todas as cinco partes entrem em acordo. São a Rússia, Irã e nossos vizinhos Azerbaijão, Cazaquistão e Turcomenistão. Se falarmos de moratória, ela deve ser total e multilateral. E as medidas rígidas no combate à pesca ilegal podem ser até mesmo conjuntas. O Turcomenistão ocupa uma posição de espera. O Turcomenistão tanto na reprodução como na pesca ocupa um espaço não muito grande. Mas eu considero que ela pensará e concordará.”
A Rússia produz anualmente da ordem de nove toneladas de ova selvagem. É a ova retirada por cientistas e que não serve para a produção de alevins, mas pode ser usada na alimentação. Entretanto, segundo Alexander Saveliev – dirigente do centro de relações públicas da Agência Federal de Pesca, o caviar artificial aparece cada vez mais no mercado.
“O mercado no fundamental agora está cheio de caviar de origem artificial. É o que os empresários obtêm nas condições de cultivo aquático. Já há muitas empresas tanto na Rússia, como no exterior, para onde, aliás, foram nossos tecnólogos na produção de esturjão e produção de caviar preto nos difíceis anos 90. Agora há sua produção bem sucedida tanto na Europa, no sul da França, na Alemanha e na Dinamarca. E em Israel e na América do Norte, na América Latina e na China. Isto é, é uma história lucrativa, eficaz e de resultados. O caviar produzido artificialmente, se for produzido corretamente, não se diferencia em nada do natural.”
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