Cientistas usam nanotecnologia para detectar poluentes em rios e peixes
Cientistas da Universidade Northwestern, de Chicago, nos Estados Unidos, em colaboração com especialistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, desenvolveram um sistema de nanopartículas que consegue detectar índices sensíveis de metais pesados presentes na água de rios e também em peixes.
O sistema consegue detectar quantidades muito pequenas de produtos como o mercúrio que, atualmente, só é possível verificar sua presença em níveis considerados tóxicos. Segundo Bartosz Grzybowski, principal autor do estudo publicado na “Nature materials”, a nova tecnologia evita, por exemplo, que qualquer ser humano consuma água poluída.
“Isso é importante, porque se você beber algo com baixos níveis de mercúrio, todos os dias, eventualmente pode causar doenças mais tarde. Com a tecnologia, será possível, no futuro, testar a água da torneira de casa e ver se nela há metais tóxicos”, explica o pesquisador.
O novo sistema é composto por uma tira de vidro coberta por uma película “cabeluda”, que contém nanopartículas e pode ser mergulhada em água. Quando o metal pesado é detectado, os pelos se fecham e prendem o poluente. Os filmes de nanopartícula custariam entre US$ 1 e US$ 10 e o dispositivo custaria algumas centenas de dólares, disse Grzybowski.
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