Solo rachado, vegetação seca e grama onde deveria ter água. Esta é a atual realidade do Lago de Furnas, responsável por cerca de 15% do abastecimento nacional de energia. Com a seca, o volume da água está oito metros abaixo do normal, o pior nível desde 2002.
Para atender o abastecimento, as comportas da Usina de Furnas foram abertas para geração de energia, o que é um agravante, segundo o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica de Furnas, Fausto Costa.
“Estamos muito preocupados com isso porque a meteorologia indica que haverá pouca chuva nos próximos meses. Com a abertura das comportas e sem chuva, o nível pode baixar mais oito metros para manter a geração de energia. Se isso ocorrer de novo, o lago fica inoperante para o abastecimento”, explica.
A situação também prejudica o turismo. Segundo o dono de uma pousada, Miguel Barbosa, o movimento caiu 60%. “Os turistas trazem barco e equipamentos de pesca e quando chegam aqui e não encontram nada pedem indenização e até querem que a gente pague a viagem deles”, conta.
Segundo Costa,o acionamento das termelétricas que utilizam queima de carvão, de diesel e de gases naturais são opções para garantir o abastecimento de energia e amenizar os impactos causados pela seca no Lago de Furnas.
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