Mais de 18 mil toneladas de atum-rabilho foram exportadas de Espanha, Itália, Marrocos, Tunísia e Turquia e comercializadas ilegalmente, através do Panamá, entre 2000 e 2010, segundo um estudo encomendado pela organização World Wildlife Fund (WWF).
Baseado na comparação das declarações aduaneiras e de comércio e dos relatórios para o CICAA, o estudo revela que, durante uma década, foram transacionadas à margem da lei 14.327 toneladas de atum transformado (equivalente a 18.704 toneladas em peso), das quais 13730 tiveram por destino o Japão.
“É o primeiro estudo que se faz sobre este problema e, por isso, só mostra a parte visível do iceberg. Mas serve para constatar, finalmente, uma situação da qual todos todos têm consciência há anos, incluindo ICCAT”, disse Sergi Tudela, diretor de Pesca do WWF para o Mediterrâneo.
Entre 1957 e 2007, a população desta espécie protegida e sujeita a quotas de pesca reduziu-se em 75 por cento, com uma quebra de 60 por cento só na última década.
Segundo o jornal francês “Le Monde”, a Comissão Internacional para a Conservação de Atum no Atlântico (CICAA, na sigla inglesa ICCAT) refere que o pico de pesca ilegal foi em 2007, ano em que foram pescadas mais de 60 mil toneladas no mundo, o dobro do permitido.
Em novembro, entre os dias 12 e 19, os países membros da CICAA vão reunir-se em Marrocos para discutir novas quotas.