Uma seca que já dura cerca de quatro meses e já é considerada a pior dos últimos dez anos em Guapé, no sul de Minas, fez com que restos de casas e até de um túmulo inundados para a construção da represa do Lago de Furnas começassem a reaparecer.
A antiga cidade, inundada na década de 1960 juntamente com outros 33 municípios para a instalação da hidrelétrica já começa a mostrar seus contornos por causa da estiagem, que têm diminuído o nível do lago, em média, 15 centímetros por dia.
O nível da represa já está 11 metros abaixo do normal, e, onde havia água, é possível visualizar pastagens. O sumiço do “mar de Minas”, como o lago também é conhecido, já diminuiu o movimento de turistas em cerca de 70%, segundo comerciantes. Manoel Renato de Oliveira, que trabalha à beira do lago, diz que precisou fazer cortes de pessoal.
— Tomei um prejuízo grande, porque, para você ter uma ideia, eu trabalho aqui com uma média de dez pessoas. Hoje eu “tô” com dois funcionários.
Para evitar uma crise no sistema energético graças à seca no lago que abastece a hidrelétrica de Furnas, o Operador Nacional do Sistema determinou o acionamento de usinas termelétricas.
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