Ibama encontra carne de tartaruga na bagagem de passageiro no Aeroporto Internacional de Belém
O Ibama apreendeu dez quelônios, provavelmente tartarugas-da-amazônia, sem carapaças e sem cabeças, neste domingo (18/11), no Aeroporto Internacional Val de Cans, no Pará. Os animais estavam escondidos sob peças de carne bovina em uma caixa de isopor. O dono da bagagem fugiu, ao perceber que os fiscais vistoriavam as bagagens do seu voo. Identificado por meio da companhia aérea, ele acabou multado em R$ 50 mil e responderá civil e criminalmente pelo dano à fauna brasileira.
O voo da TAM JJ3870 chegou à capital às 12h50. Os agentes do posto de fiscalização do Ibama examinavam as bagagens dos passageiros quando suspeitaram do isopor, com capacidade para 40 litros. Ao abri-lo, encontraram oito peças de carne acondicionadas em sacolas plásticas individuais e, sob elas, os quelônios, embalados em sacos menores.
“O passageiro levava a carne de boi apenas para tentar enganar a fiscalização”, acredita o chefe do posto de fiscalização, o analista ambiental Luiz Paulo Albarelli. Segundo ele, o Ibama está avaliando qual foi a responsabilidade da companhia aérea no caso. “Não houve a verificação da carga e a empresa transportou os animais abatidos ilegalmente”, disse.
Incluídos no Anexo II da Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), os quelônios (tartarugas, tracajás, muçuãs, jabutis, entre outras espécies) são espécies ameaçada que têm a captura, posse, transporte e comércio proibidos por lei.
Os animais apreendidos serão doados ao Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará, para utilização no ensino e pesquisas, e a carne bovina, a entidades que desenvolvem trabalhos sociais em Belém.
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