Ibama resgata 16 tartarugas-da-amazônia de pescadores ilegais no rio Xingu, no Pará
O Ibama flagrou dois pescadores com 16 tartarugas-da-amazônia, no rio Xingu, uma das principais áreas de desova da espécie no Pará. Os homens estavam em um barco a motor e seguiam para o município de José Porfírio, onde negociariam os animais no mercado ilegal. Além de ter a embarcação apreendida, cada um foi multado em R$ 80 mil pelo crime ambiental. As tartarugas, apesar de mantidas amarradas por longas horas, não sofreram maiores danos e puderam ser devolvidas à natureza.
Incluídas nas lista oficial da fauna brasileira ameaçada de extinção e protegidas pela Convenção de Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), as tartarugas-da-amazônia têm sua captura e consumo proibidos por lei. “Estamos no período de reprodução da espécie, quando as fêmeas procuram as praias do Xingu para a desova e ficam muito vulneráveis ao homem”, explica o coordenador da ação de fiscalização, Manoel Costa.
Os pescadores autuados pelo Ibama ainda responderão a processos civis e criminais pelo dano causado ao meio ambiente. Eles também poderão ter as multas duplicadas pelo órgão ambiental, por terem praticado a infração a noite e no período reprodutivo das tartarugas.
O Ibama vem realizando, desde outubro, ações de fiscalização contra a captura de quelônios (tartarugas, tracajás, pitiús, etc) e a coleta de seus ovos na região do Tabuleiro do Embaubal, no rio Xingu, e no Tabuleiro Monte Cristo, no rio Tapajós, com objetivo de aumentar as chances de reprodução destas espécies ameaçadas. Participam das fiscalizações no Tabuleiro do Embaubal agentes de patrulhamento ambiental da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo de Senador José Porfírio.
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