Uma operação do Ministério da Pesca e Aquicultura e da Secretaria Estadual do Ambiente, iniciada ontem, vai retirar 53 carcaças de embarcações da Baía de Guanabara, que estão impedindo o funcionamento do Centro Integrado de Pesca Artesanal (Cipar), em Niterói. Localizado na região metropolitana do estado, o Cipar foi construído pelo governo federal para impulsionar o setor no município.
O trabalho de içamento das carcaças começou nesta madrugada, com mergulhadores que auxiliaram no bombeamento de água dos barcos que estavam submersos.
A operação, que vai permitir o atracamento das embarcações no Cipar, vai custar R$ 18 milhões, sendo R$ 14 milhões do governo federal e os outros R$ 4 milhões do governo do estado, vindos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). Além da retirada das carcaças, será feita também a dragagem do local e a descontaminação do material retirado do fundo da baía.
“Nós estamos dando um passo importantíssimo. Estas embarcações estavam aqui há décadas e com o trabalho de articulação entre os governos federal e estadual conseguimos removê-las. É aqui [na Cipar] que o pescador artesanal vai conseguir comprar insumos para sua atividade, é aqui que ele vai vender seu peixe e esse foi o primeiro passo para que isso seja possível”, declarou o ministro da Pesca, Marcelo Crivella.
De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, a intenção é expandir a ação para outras áreas da Baía de Guanabara. “Aproveitando a tecnologia e a parceria, logo em seguida vamos para outras áreas. Já temos identificados quatro pontos do lado de cá da baía [Niterói] e também outros perto dos portos do Caju e do Rio de Janeiro”, disse.
De acordo com a secretaria do Ambiente, a eliminação do cemitério de embarcações de Niterói deve ser concluída em três meses. Sobre o início das atividades do Cipar, o Ministério da Pesca informa que em seis meses o local estará funcionando integralmente.