A Polícia Militar de Meio Ambiente de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, realizou nas últimas horas duas grandes apreensões de carnes de caça ilegal e peixes nativos. Quatro pessoas foram detidas.
A primeira apreensão foi nesta quarta-feira (7) durante uma vistoria em uma balsa de garimpo em Tiros, no Alto Paranaíba. No local a polícia encontrou duas redes, duas tarrafas e dois quilos de peixe com tamanho inferior ao permitido. Um homem de 49 anos e outro de 50, que estavam com documentação para garimpo regular, foram encaminhados para a delegacia da cidade.
Também em Tiros, os militares encontraram em uma fazenda que fica próxima ao Rio Abaeté uma coronha acoplada ao cano de uma espingarda, três tarrafas, dois couros e 10 quilos de carne de catitu, um animal considerado silvestre. Segundo os policiais, o autor, de 38 anos, que disse que a caça é comum na região, mas que não a praticava. Mesmo assim ele foi levado para a delegacia.
Já nesta quinta-feira (8), outra apreensão foi feita no Noroeste do estado. Desta vez na rodovia MGC-354, em Presidente Olegário. Segundo informações da 10ª Companhia Independente de Polícia Militar de Meio Ambiente e Trânsito, depois de uma denúncia um veículo com placas de Brasília, no Distrito Federal, foi abordado e nele foram encontrados 38 quilos de pescado e 25 quilos de carne de animais silvestres: dois tatus, um teiú, seis patos do mato e parte de um veado. O motorista, um homem de 50 anos, foi encaminhado para a delegacia de Patos de Minas.
Ainda de acordo com a polícia, na casa do autor foram encontrados mais 11 quilos de carne. O homem indicou, ainda, a casa de um fornecedor onde foram encontrados mais 35 quilos de carne. O segundo autor vai ser autuado.
Todo o material foi levado para uma avaliação do setor de inspeção de produtos de origem animal do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), que não autorizou a doação das carnes para as entidades. “A gente não sabe em que condições de higiene sanitária estes animais foram abatidos. Então não podemos atestar isso para consumo. Logo o destino correto na legislação do IMA e do Ministério da Agricultura é o descarte e a condenação”, explicou o veterinário do IMA, Newton Nascentes Galvão.
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