Parque da Lagoa do Peixe enfrenta problemas com pesca irregular no RS – Portal Pesca Amadora Esportiva Parque da Lagoa do Peixe enfrenta problemas com pesca irregular no RS | Parque da Lagoa do Peixe enfrenta problemas com pesca irregular no RS – Portal Pesca Amadora Esportiva

Parque da Lagoa do Peixe enfrenta problemas com pesca irregular no RS

Golfinho Nariz de Garrafa foi encontrado enrolado em uma rede de pesca  (Foto: Marcos Pereira/RBS TV)O Parque Nacional da Lagoa dos Peixe é um santuário ecológico de 36 mil hectares que abrange os municípios de Tavares, Mostardas e São José do Norte, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Tomado por lagoas, banhados, matas nativas e dunas, o local é administrado pelo Instituto Chico Mendes e considerado área de preservação permanente pelo Governo Federal. No entanto, a área enfrenta problemas por conta do lixo e da pesca irregular, como mostra a reportagem do Nossa Terra.

Na última semana, a expedição da ONG Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars), que estuda as espécies marinhas do litoral gaúcho há 20 anos, encontrou no parque um golfinho Nariz de Garrafa, também conhecido por Boto da Barra, morto por sufocamento em uma rede de pesca. Os biólogos da organização recolheram amostras de DNA do animal. Até hoje, apenas um exemplar dessa espécie foi identificado na costa do RS, em 1908.

Aves migratórias encontram alimento no litoral gaúcho. Projeto Nossa Terra (Foto: Marcos Pereira/RBS TV)Da mesma forma, espécies de aves migratórias correm riscos por conta da ação humana na natureza. Segundo os biólogos, elas vêm da Patagônia argentina ou do Hemisfério Norte para se alimentar e ganhar gordura. Flamingos e os pequenos 30 Reis podem ser encontrados na região.

“Essas aves vêm até aqui para armazenar energia para a época da reprodução. Elas precisam estar bem alimentadas para colocar ovos, por isso o parque é tão importante para a preservação. Se a comida não estiver disponível, as aves vão morrer no meio do caminho e a espécie estará ameaçada”, afirma o biólogo Ignácio Moreno, do Gemars.

Durante a varredura dos pesquisadores, foi encontrado também um lobo-marinho. Os estudiosos aproveitaram para marcar o animal com um código sequencial que deve facilitar o processo de monitoramento. “Usamos um tipo de carimbo gigante, com um descolorante de pelos”, explica Ignácio.

http://g1.globo.com

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