Policiais Militares Ambientais de Bataguassu (MS), em fiscalização no rio Paraná, no lago da Usina Sérgio Motta, prenderam ontem à noite em flagrante, quatro pescadores profissionais por pesca predatória. Dois pescadores, residentes no distrito de Nova Porto XV, em Bataguassu foram presos por pescar com redes maiores do que a permitida (petrecho proibido).
No local da apreensão seria permitido o uso de redes de até 100 metros e malha de 14 centímetros e não podem ser armadas emendadas. Os pescadores utilizavam duas redes de 300 metros cada uma. Com eles foram apreendidos os 600 metros de redes e mais todo o pescado capturado ilegalmente, que totalizou 190 kg, além de um barco, um motor do tipo do rabeta e duas caixas de isopor. Cada pescador foi multado em R$ 4.500,00.
Próximo ao local das primeiras prisões, os policiais prenderam mais dois pescadores profissionais, pelo mesmo motivo. Eles armavam cinco redes de pesca de 250 metros cada uma, totalizando 1.250 metros. Com os pescadores, residentes também em Nova Porto XV, foram apreendidas as redes, 203 kg, além de um barco, um motor do tipo do rabeta e duas caixas de isopor. Cada pescador foi multado em R$ 4.760,00.
Os quatro pescadores receberam voz de prisão e foram conduzidos à delegacia de polícia civil de Bataguassu, juntamente com o material apreendido, onde foram autuados em flagrante por crime de pesca predatória. Se condenados, poderão pegar pena de um a três anos de detenção.
Durante a condução dos pescadores à delegacia, os policiais retiraram mais 1.000 metros de redes de pesca que estavam armadas no rio. Durante a retirada das redes foram soltos vários peixes que estavam ainda vivos enroscados na malha. Os proprietários do material não foram identificados. Esta quantidade de rede tem alto poder de captura, pois cerca grandes trechos do rio por onde passam os cardumes. Este tipo de fiscalização é fundamental. A retirada desta quantidade de redes ilegais do rio impede a degradação dos cardumes.
A apreensão dos 393 kg de pescado é mais da metade de tudo que se apreendeu durante os quatro meses da piracema, encerrada no dia 1º de março, que foi um total de 667 kg.