Pescadores fizeram uma manifestação em frente ao prédio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em Florianópolis. Nesta sexta-feira (17) pela manhã, eles protestaram contra uma normativa que proíbe o uso de redes de anilha para fazer o cerco de tainhas.
Os manifestantes, que representavam várias praias de Florianópolis, abriram uma rede em frente a sede do Ibama e exigiram uma reunião com o superintendente do instituto. “Foi falado pra nós que não iria existir fiscalização, mas no começo da pesca da tainha já começou a ter fiscalização”, comenta Rodrigo Hamilton.
No início da tarde desta sexta-feira (17), o Ibama encaminhou um ofício reportando o caso e pedindo a liberação para o Ministério da Pesca e Aquicultura. De acordo com o chefe de controle e fiscalização do Ibama, Carlos Vinícius Gonçalves Ferreira, esta é a instituição responsável por determinar as regras de uso de petrechos pesqueiros. Os pescadores esperam que sejam feitas novas licenças que incluam a rede de anilha na autorização para a captura de tainha.
Nesta quinta-feira (16), alguns pescadores foram multados por descumprirem a determinação federal. Com as autuações em mãos, eles criticaram a ação do Ibama. Segundo eles, este foi o primeiro ano em que ocorreu a proibição para esta modalidade de pesca. “Desde 2008, estamos trabalhando com a mesma licença e agora estão multando. O prejuízo não foi maior porque eu não joguei a rede na água e não tinha peixe no barco”, comenta o pescador Eugênio Pereira.
Na capital catarinense, cerca de 300 embarcações praticam a pesca de tainha fazendo cerco com anilha. Pelo menos cinco mil pescadores estão envolvidos nesta atividade. Para trabalhar durante a temporada do peixe são investidos aproximadamente R$ 100 mil.
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