Prefeitura de Rifaina-SP quer acabar com pescaria em ponte sobre represa
O calheiro José Luciano da Silva é uma das muitas pessoas que adotaram uma ponte entre Rifaina (SP) e Sacramento (MG) como ponto de parada para praticar pesca na represa que divide os dois municípios. Mesmo reconhecendo que o local não é adequado, não abre mão do passatempo. “A gente não tem segurança total para pescar, mas a gente procura ficar do lado mais bem protegido. A gente sempre está se divertindo com os amigos”, disse Silva, que aproveitou o feriado nesta quinta-feira (30) para tentar levar para casa algumas tilápias da represa.
A diversão dele e de outros pescadores amadores – inclusive mulheres e crianças – tem preocupado a Prefeitura de Rifaina (SP). Segundo a secretária do Meio Ambiente Rita Baraldi, a falta de segurança citada por Silva é um dos motivos que obrigaram a administração municipal a decidir pela proibição da pesca no local.
Para ela, o fluxo de veículos combinado com a concentração de pessoas pode resultar em acidentes. “Aqui já foi palco de muitas tragédias. A gente não gostaria que isso acontecesse de novo. Eles [pescadores] ficam aqui 24 horas pescando, com caminhões e carros passando. A segurança deles é vulnerável, isso preocupa demais”, disse.
Além do risco de acidentes, Rita reclama do acúmulo de lixo deixado pelos visitantes, hábito que, segundo a secretária, prejudica o turismo na região. Ela afirma que a sujeira chega à represa, também utilizada para esportes náuticos e por banhistas no município. “Eles fazem montanhas de lixo, que vão para as águas da represa. A economia do município é toda voltada para o turismo. Temos 400 ranchos na orla da represa”, afirmou.
A fim de acabar com a prática da pesca na ponte, a secretária confirmou que, além da sinalização informando a proibição da atividade, a partir dos próximos dias o local será alvo de fiscalização.
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