Pescadores de Paranaguá reclamam que a dragagem do Canal da Galheta está causando prejuízos à pesca
Em nota divulgada nesta sexta-feira (12), a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) afirma que desde 2009 os portos paranaenses trabalham no processo de obtenção da licença ambiental. “Todas as exigências e condicionantes exigidas pelos órgãos ambientais competentes foram e estão sendo cumpridas”, diz a nota.
“Durante a dragagem, a Appa monitorou a região e o que se observou até agora é que não houve diminuição na quantidade de pescados, pelo contrário, houve aumento. A questão já foi levada à Justiça, que deu ganho de causa à Appa”, diz a nota. A autarquia promete que a partir de agoram vai realizar o monitoramento de pesca permanentemente, “independente da realização de dragagens ou não”.
A Appa declara que “é a primeira interessada em garantir que a atividade portuária não interfira no sustento das famílias que dependem da pesca”.
A superintendência dos portos paranaenses está aberta para dialogar com os pescadores e mostrar os resultados de todas as análises e estudos que estão sendo feitos”.
Começam obras de revitalização do Porto de Antonina
Depois de 40 anos sem qualquer investimento na melhoria da infraestrutura, o terminal público do Porto de Antonina está passando por reforma. O prédio administrativo e a guarita de controle estão sendo revitalizados. Ao todo, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) está investindo R$ 591 mil de recursos próprios para recuperar os prédios.
Entre os principais projetos para o terminal público Barão de Teffé, está a revitalização e ampliação do cais. Hoje, o cais tem cerca de 60 metros e os estudos que estão sendo realizados preveem triplicar o seu tamanho.
De acordo com o diretor do Porto de Antonina, Luis Carlos de Souza, já existem duas empresas interessadas em investir na infraestrutura de retroárea do cais público de Antonina. “Temos um projeto em fase bastante adiantada para a instalação de um estaleiro e outra empresa privada está vendo a viabilidade de construir quatro armazéns para recebimento de açúcar e fertilizantes”, explica.
Enquanto a reforma avança e os projetos de investimentos estão em estudo, a administração do porto de Antonina trabalha para melhorar a situação imediata do terminal e da cidade. A medida que surtiu maior efeito nos últimos tempos foi a triagem prévia dos caminhões que seguem para o terminal da Ponta do Felix.
Antes, como não havia qualquer cadastramento, os caminhões se acumulavam em fila, atrapalhando a vida dos moradores. Agora, os caminhões passam por um cadastro antes de chegar ao terminal e não precisam mais se enfileirar nas ruas.
Outra medida foi a contratação de uma empresa especialista em resíduos. Antes, os caminhoneiros limpavam as caçambas dos caminhões nas ruas, juntando resíduos que causavam mau cheiro nas imediações do porto. Agora, a limpeza é feita e recolhida em caçambas próprias. Depois, os resíduos recebem destinação correta.
Trabalho – 80% da mão de obra contratada pela empreiteira que venceu a licitação da obra de reforma foi contratada em Antonina. “Negociamos esta condição com os empreiteiros e fomos atendidos. Isso faz com que mais gente na cidade se ocupe, aumento a renda das famílias”, afirma Souza.
Esta semana, a Techint – empresa que tem Termo de Permissão de Uso Temporário de uma área de cem mil metros quadrados no Barão de Teffé para atender as demandas da indústria do pré-sal – contratou 30 lixadores na cidade e deu início a um curso para 30 pintores industriais, com possibilidade de contratar 25 deles.
Fotos: Appa