Pescaria ‘vai dar praia’ no Araguaia – Projeto Circuito Turístico Sebrae – Portal Pesca Amadora Esportiva Pescaria ‘vai dar praia’ no Araguaia – Projeto Circuito Turístico Sebrae | Pescaria ‘vai dar praia’ no Araguaia – Projeto Circuito Turístico Sebrae – Portal Pesca Amadora Esportiva

Pescaria ‘vai dar praia’ no Araguaia – Projeto Circuito Turístico Sebrae

eduardo projeto sebrae rio araguaia 2Apesar de o Rio Araguaia receber cerca de 400 mil turistas por ano para a prática da pescaria, na altura do município de Aruanã (GO), o destino ainda não conquistou de vez destaque na atividade. Mais conhecido em Goiás para o lazer, com suas praias, o rio é fonte de inspiração e ação do Projeto Circuito Turístico Vale do Araguaia, desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás) e parceiros.

A transformação do Rio Araguaia como roteiro da pesca esportiva no Brasil é uma das metas. O que deve beneficiar aproximadamente 300 guias (barqueiros) somente em Aruanã, cidade distante 307 km de Goiânia. Entre as ações estão a capacitação dos guias, formatação de produtos e conquista de mercado. O Sebrae Goiás contratou consultoria especializada para isso, com foco no atendimento e procedimentos, incluindo a segurança.

Ao final do mês passado, os consultores do Sebrae Goiás Tatiana Fernandez e Eliezer Contúrbia Neves desenvolveram um Teste Operacional em Aruanã, ‘Um dia de pesca’, com a presença de um pescador profissional. Na verdade, Eduardo Lopes, guia e consultor em turismo de pesca, participou do teste como olheiro do projeto. Fez avaliações e comparações que podem ajudar na proposta.

Segundo Eduardo, o Araguaia sofre grande concorrência da pesca esportiva realizada nos Estados do Amazonas e Mato Grosso. E os hermanos argentinos também conquistam sobremaneira a preferência dos pescadores brasileiros, especialmente na província de Corrientes. “Nesses destinos se faz uma pesca esportiva de excelência”, explica o consultor.

Mordomia garante pescadores
Depois de passar três dias em Aruanã, quase sempre à bordo de um barco motor, guiado por barqueiro local, Eduardo apresentou diagnóstico que deve balizar ações para o circuito turístico. Para o consultor, o atendimento de guias ainda é deficiente, com problemas na pontualidade, segurança, linguagem, disposição e serviços oferecidos. “É para melhorar isso que estamos aqui”, anunciou.

eduardo projeto sebrae rio araguaiaEduardo lembrou sua experiência na Argentina. “Impressionaram-me a recepção do guia e a logística”, conta. Destaca o consultor que, no país vizinho, a expectativa em relação à pescaria dar certo é do próprio barqueiro. “O guia é um consultor, preparando tudo para o resultado positivo, desde o despertar, equipamentos, bagagens, higiene, condução, postura e informações sobre espécies de peixes”, observa.

Em Aruanã, Eduardo encontrou guias esforçados e simpáticos, mas que devem profissionalizar sua atuação. O guia Jurandir Cardoso Farias, de 49 anos, será um dos beneficiados do projeto. Há 20 anos barqueiro de pesca no Araguaia, Jurandir parece próximo das ‘exigências’ do mercado, apontadas pelo consultor. “O Jurandir investe em estrutura e qualificação, além dele ter um jeito próprio para a atividade”, reconhece Eduardo.

Proprietário de duas lanchas e mais cinco barcos, Jurandir vive do turismo de pesca o ano todo. Na época de Piracema (desova dos peixes), ainda recebe ajuda financeira do governo federal. A diária de guia custa R$ 350 na lancha e R$ 200 no barco. “O que não dou conta de fazer, contrato barqueiros”, conta. No dia desta reportagem, Jurandir estava recebendo 90 pescadores para a temporada de julho do Araguaia.

“Eu piloto, oriento a pescaria e cozinho para os pescadores”, avisa. Todo esse diferencial, segundo Jurandir, é fruto do conhecimento que adquiriu em cursos do Sebrae Goiás. “Aprendemos como as pessoas gostam de ser atendidas”, avalia. Tanta vontade de fazer melhor, como dispor de cadeiras e sombrinhas na embarcação, trouxe um probleminha para Jurandir. “Diziam que eu estava dando muita mordomia pra turista”, lembra.

E, para Eduardo, o guia faz certo, pois é justamente essa ‘mordomia’ que deve garantir pescadores para Jurandir.

Ações organizadas
Os guias de Aruanã estão integrados em quatro associações. A Associação dos Pescadores Guias Turísticos de Aruanã (Aspega), na qual Jurandir participa, Associação dos Barqueiros de Aruanã (ABA), Associação dos Barqueiros e Guias do Encontro dos Rios (Abgera) e Associação dos Ribeirinhos e Canoeiros de Aruanã (Arca).

Cada associação conta com o apoio de um porto para suas operações: Porto Javaé (Aspega), Porto Central (ABA), Porto Encontro dos Rios (Abgera) e Porto da Escadaria da Praça Central (Arca).

Para Nelson Bueno Barros, gestor do projeto pelo Sebrae Goiás, essa organização vai estimular o comprometimento dos guias com as ações desenvolvidas. “Estamos iniciando um serviço de base que deve dar condições para os barqueiros melhorar seu atendimento e renda”, explica.

O presidente da ABA, o guia Valdo Ferreira Lima, 47, acredita nisso. Segundo ele, os barqueiros de Aruanã faturam, em média, R$ 2 mil por temporada, cerca de 45 dias entre junho, julho e agosto. “Com o projeto, o movimento pode ser anual”, estima.

Valdo destaca também que as associações podem implantar serviços em benefício não só dos guias, mas de toda a cadeia produtiva do turismo de pesca, incluindo os manobristas de veículos e os vigias de barcos.

Serviço:
Projeto Circuito Turístico Vale do Araguaia
Regional Oeste do Sebrae Goiás: (64) 3601-2407
Central de Relacionamento Sebrae: 0800 570 0800

Informações à imprensa:
Agência Sebrae de Notícias: (62) 3250-2268
Oficina de Comunicação: (62) 3225-4899

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