O tubarão aparece na lista dos animais mais temidos do mundo, dentro e fora d’água. Acontece que o gigante não deve ser considerado como um vilão dos oceanos, pois cumpre importantes funções no habitat em que vive, além de ser ameaçado pela ação ilegal de muitos pescadores. No nordeste, é registrada a maior parte dos ataques contra banhistas – no entanto, os humanos nunca foram o alimento preferido na dieta dos tubarões.
Ocupando o topo da cadeia alimentar, o predador máximo dos oceanos tem a responsabilidade de regular as populações de outras espécies do habitat marinho. Assim, quanto mais rara a ocorrência de tubarões, mais fica fácil o ecossistema entrar em colapso com os desequilíbrios entre os seres vivos do local.
Também não poucas as espécies do gigante em extinção: o tubarão branco, por exemplo, é um dos mais ameaçados do mundo, principalmente pela prática do filling – atividade ilegal de retirar as barbatanas dos animais e comercializá-las. Um estudo publicado pela Folha mostra que 31 espécies do predador estão ameaçadas de extinção no Brasil.
Além de afetar diretamente o desenvolvimento do ecossistema marinho, a pesca excessiva também pode por em risco a segurança dos banhistas: isso porque, com a baixa oferta de alimentos na região em que vive, o animal parte para as áreas mais próximas das praias, em busca de presas – e, às vezes, se depara com humanos, que nunca os foram alvos preferidos dos gigantes do mar.
No Brasil, os ataques de tubarões são mais frequentes na região nordeste, sobretudo em Recife, por diversos fatores naturais e pela ação do homem no local. No entanto, no sul do país é registrada a maior ocorrência dos predadores: nesta parte da costa, vivem o tubarão branco, tubarão baleia, martelo, peregrino, tigre e touro, além das raias e cações.
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