Os países da região do Pacífico decidiram reduzir em 15% o volume de pesca de exemplares de atum-rabilho (Thunnus thynnus) na região, um acordo que a organização não-governamental Greenpeace considera insuficiente para proteger esta espécie ameaçada.
Nove países e territórios, entre eles Japão, Estados Unidos, China, Coréia do Sul e Taiwan, concluíram o acordo ao final de uma reunião da Comissão de Pesca do Pacífico Ocidental e Central, realizada durante quatro dias na cidade japonesa de Fukuoka.
Todos os governos participantes decidiram reduzir em 15% em 2014 suas capturas de exemplares de atum-vermelho com idade de até três anos. A medida vale em relação às capturas efetuadas entre 2002 e 2004, informou a Agência Pesqueira japonesa.
O acordo ainda tem que ser validado pela Assembleia Anual da Comissão, prevista para acontecer em dezembro, na Austrália.
O Greenpeace considerou insuficiente o recorte e pediu pela proibição total da pesca desta espécie. A ONG ressalta que a pesca em escala industrial mata muitos exemplares jovens antes que eles possam se reproduzir, oferecendo risco a esta espécie.
Em risco
Relatório apresentado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN da sigla em inglês), afirma que mais da metade das espécies de atuns está ameaçada de extinção.
Segundo o estudo, publicado pelo jornal “Science” em 2011, cinco em cada oito tipos de atuns estão em situação grave de sobrevivência, sendo que três sofrem risco de desaparecer em todo planeta e outras duas espécies estão sob ameaça e não há como agir para ajudar.
O atum é um dos peixes mais procurados pelo mercado de pesca principalmente na Ásia. No Japão, sua carne é utilizada na produção de sushis e sashimis.