Um peixe pirarucu de 1,20m de comprimento e 80 quilos foi resgatado por homens da Guarda Metropolitana Ambiental de Palmas (TO), na tarde desta sexta-feira (13). O pirarucu, que também é conhecido como pirosca ou bacalhau da Amazônia em algumas regiões do país, atravessou a comporta da represa onde vivia há alguns meses e foi para um córrego. A represa fica dentro do Parque Cesamar, na região central de Palmas.
Com a chegada da seca, o volume de água do córrego baixou e o peixe ficou sem mobilidade. Para que ele não morresse, a guarda ambiental resolveu transportá-lo de volta para o lago artificial. O pirosca foi capturado por uma rede instalada no leito do córrego. Dez homens participaram da operação que durou cerca de 40 minutos. O trabalho de resgate foi gravado pelo cinegrafista Charles Barros, da TV Anhanguera.
A operação foi complicada porque o pirarucu corria o risco de morrer asfixiado. Ele teve forças para se debater apenas quando os guardas o colocaram em uma maca. Depois, foi levado em uma caminhonete até a parte alta da represa do parque.
A retirada do peixe foi rápida e em poucos instantes o grande pirarucu mergulhou e voltou para o lago onde vivem outras 12 espécies de peixes.
Carne nobre
De acordo com o engenheiro de pesca e professor da Universidade Federal do Tocantins(UFT), Pedro Ysmael Mujica, o pirarucu é uma espécie ancestral típica da região amazônica e principal produto da piscicultura daquela região.
O professor explicou que a carne do pirarucu tem um alto valor de revenda, pois é muito saborosa. Além disso, o filé de pirarucu é bastante largo e, por isso é procurada por chefes de cozinha. A carne é exportada para diversos países.
Segundo Mujica, a pesca do pirarucu é permitida e ele é encontrado em grandes rios ou em cativeiros. Ainda assim, a pesca é regulamentada e o pirosca não pode ser capturado durante os períodos de piracema.
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