No período da piracema em São João del Rei, no Campo das Vertentes, já foram realizadas 50 ações de fiscalização, sendo apreendidos 174 metros lineares e 139 metros quadrados de redes. Foram aplicadas multas de R$ 3.650 e duas prisões foram ratificadas. As ações, realizadas pela Polícia Meio Ambiente e Trânsito, começaram em 4 de novembro e segue até o próximo dia 28.
Durante a piracema, época de desova dos peixes, os pescadores são proibidos de pescar. No Batalhão do Meio Ambiente, fica armazenada parte do material de pesca apreendido nos últimos três meses, o que incluem redes e o covo, que serve de armadilha para pegar peixes. O material apreendido pelos policiais estava às margens de duas represas e quatro rios da região. Principalmente no Rio das Mortes, onde pelo menos 50 redes de pesca ilegais foram encontradas.
O sargento Edilson Resende disse que essa quantidade é cerca de 40% menor que no ano passado. Até o dia 28 de fevereiro as fiscalizações continuam. Ele lembrou que pescar qualquer espécie nativa é crime. Só peixes exóticos e de pesque-pague licenciados podem ser comercializados. “O pescador de verdade procura respeitar este período destinado à procriação dos peixes. Além de ele estar ajudando o meio ambiente, ele evita problemas com pesca ilegal”, explicou.
Além do patrulhamento nas represas e rios, a fiscalização é feita também nas peixarias da cidade. Por enquanto, só pode ser vendido o que foi estocado. O comerciante Luís Francisco da Fonseca tem duas toneladas de estoque na peixaria e contou que já está acabando. O dono explicou que sempre reforça a compra dos congelados porque no período da piracema as vendas aumentam em até 20%. “O pessoal não pode pescar, então eles têm que comprar mesmo”, disse.