O segmento do turismo de pesca esportiva de Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande, movimenta injeta R$ 100 milhões na economia da cidade durante a temporada de pesca. Os dados são de uma pesquisa do Observatório do Turismo, divulgada na semana passada pelo Conselho Municipal do Turismo.
Com o levantamento, foi é possível traçar um perfil do turista que vai chegar à cidade para a temporada e quanto ele deve gastar durante a estadia. A economia corumbaense girou a partir da movimentação turística nos chamados cruzeiros fluviais – que são oferecidos pelos barcos hotéis – e polos turísticos da zona rural: distrito de Albuquerque, Porto da Manga/Passo do Lontra e Porto Morrinho. O montante leva em consideração a cadeia direta e indireta do setor.
A pesquisa mostra que o turista é do sexo masculino, casado (79,82%), tem entre 46 a 65 anos (46,63%) e vem da região Sudeste do Brasil (73,54%), predominantemente do estado de São Paulo, com renda acima de R$ 5 mil (69,96%).
No período em que permanecem na cidade, gastam mais de R$ 3 mil com compras diversas. Somente no varejo, o faturamento chega a R$ 1,3 milhão. Os turistas também aproveitam a fronteira com a Bolívia, onde gastam R$ 8 milhões também em compras.
Além da movimentação comercial, o turismo de pesca também é forte gerador de empregos. São gerados 551 postos de trabalho diretos nos 30 empreendimentos envolvidos com a prática. O salário médio pago aos profissionais do setor fica na faixa de R$ 1,7 mil. Esses números remetem a injeção mensal de R$ 936 mil na economia e um total de R$ 7,4 milhões ao longo de toda a temporada.
A pesquisa identificou ainda o nível de satisfação do visitante. De acordo com o levantamento, 96,86% dos entrevistados avaliaram positivamente o passeio (consideraram muito bom e bom). Entretanto, 47% avaliaram como “Regular” ou “Ruim” as opções de lazer oferecidas pela cidade. 97% pretendem retornar à cidade e 99,1% afirmou que indicaria Corumbá como destino turístico.
A pesquisa de Demanda e Movimentação Econômica do Turismo de Pesca Esportiva foi aplicada ao longo da temporada de pesca, com foco nos meses de agosto, setembro e outubro. Foram aplicados 223 questionários semi-estruturados diretamente com turistas ao chegarem dos cruzeiros fluviais, além de entrevistas com dez empresários do setor. A margem de erro é de 7% para mais ou para menos.
Pesque-solte – A pesca esportiva foi liberada a partir de hoje (1), por se enquadrar na modalidade pesque-solte. À exceção do pesque-solte na calha, a pesca de captura fica suspensa até 28 de fevereiro na bacia do rio Paraguai e na bacia do rio Paraná nos domínios de Mato Grosso do Sul.
O desrespeito à legislação pode levar os infratores a serem apreendidos e, caso condenados, a pena varia de um a três anos de detenção.