Milhares de peixes de espécies nativas foram lançados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), durante dois peixamentos, em trechos do rio São Francisco nos municípios alagoanos de Piaçabuçu, na região da foz, e Porto Real do Colégio.
A ação de repovoamento, que ocorreu durante as tradicionais festas de Bom Jesus dos Navegantes de Piaçabuçu e de Porto Real do Colégio, contou com a parceria das prefeituras municipais.Os dois peixamentos inseriram nas águas do “Velho Chico” peixes das espécies xira, piau, pacamã, matrinxã e cari, que foram produzidos no Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Itiúba, unidade da Codevasf em Porto Real do Colégio que atua na revitalização do rio São Francisco.
No Baixo São Francisco, a pesca artesanal desempenha papel de destaque na sobrevivência de milhares de famílias. Os pescadores comemoram os peixamentos, a exemplo de Antônio Veiga de Piaçabuçu, que retira das águas do “Velho Chico” o pescado que sustenta a família. “Pesco desde os nove anos. Aprendi o ofício com meu avô. Esse peixamento traz de volta peixes que estavam desaparecendo como a xira e piau. Acompanho os peixamentos desde 2002.
Depois que a Codevasf passou a realizar os peixamentos, a gente sempre encontra xira. Antes dos peixamentos, a gente não encontrava esses peixes”, afirmou o pescador.O prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Santana, também comemorou mais um peixamento realizado pela Codevasf em parceria com a prefeitura municipal.
“O peixamento realizado hoje assume uma importância muito grande devido à situação em que se encontra o rio São Francisco. A pesca hoje nessa região vem passando por dificuldades e o peixamento vem repovoar a região da foz, fortalecendo essa cultura e beneficiando diversas famílias que sobrevivem da atividade”, declarou.O pescador Antônio Veiga ainda fez um apelo para que os colegas respeitem o período de defeso dos peixes introduzidos no rio neste peixamento.
“Agora, o pescador deve ter consciência de não pegar o peixe pequenininho, como muitas vezes acontece. Deve-se deixar o peixe crescer e se reproduzir”, lembrou.Durante o peixamento em Piaçabuçu, o engenheiro de pesca da Codevasf Eduardo Motta representou o superintendente regional da companhia em Alagoas, Ivan Craveiro.
Já em Porto Real do Colégio, o superintendente regional foi representado pelo engenheiro agrônomo Aníbal Lobo, chefe da Assessoria Regional de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf em Alagoas. Também participaram dos peixamentos secretários municipais, parlamentares, técnicos da Codevasf e das prefeituras envolvidas.