Após intermediação do senador Ivo Cassol, o ministério da Pesca autorizou a prorrogação por 90 dias do período chamado “Defeso”, quando fica proibida a pesca em virtude da reprodução dos peixes e os pescadores cadastrados recebem ajuda de custo para sobreviverem, uma vez que estão proibidos de exercerem sua atividade profissional. Neste período, em que o tempo de proibição é definido por lei conforme o clima e as espécies de cada região, os pescadores profissionais recebem um seguro mensal no valor de R$ 622,00.
Procurado pelo SINPESRO – Sindicato de Pescadores Profissionais de Rondônia, e pela Colônia de Pescadores Tenente Santana (do Vale do Guaporé), o senador Ivo Cassol reuniu-se na semana passada com o diretor de Pesca Artesanal do ministério, Henrique Gonçalves de Almeida para explicar a gravidade da situação das famílias dos pescadores de Rondônia que, em virtude das cheias dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé, estão sem qualquer alternativa de renda, além de perderem praticamente todos seus bens com a alta dos rios da região.
“Eu mostrei ao ministro e sua assessoria a gravidade da situação dos nossos pescadores e eles se comprometeram em atender rapidamente os pedidos pois entenderam que a situação é grave e os pescadores estão sem lugar para morar e sem poder ganhar seu sustento”, explicou Cassol.
A prorrogação depende agora de uma autorização do IBAMA, que vai analisar a situação dos pescadores e dos rios onde o Defeso foi exigido no último período (2013/2014), mas segundo servidores do ministério não há dúvida que será aprovado, uma vez que as cheias dos rios Madeira e Mamoré são as maiores de todos os tempos.
“Vamos cobrar esta semana uma resposta rápida do IBAMA, os pescadores não podem ficar esperando a burocracia do Governo para comprar comida, remédios e tudo o mais que está faltando para eles. Com as cheias ficou impossível pescar, nem é preciso ser técnico para ver isso”, disse Cassol.