A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a Associação Águas Claras do Rio Pinheiros juntaram esforços e ideias para organizar um programa de testes de tecnologias de tratamento em cursos de água e aplicá-lo ao Canal Pinheiros, em face da sua importância, das suas especificidades de escala, vazão e regime de drenagem, bem como das suas características metropolitanas.
Foi formado um grupo de trabalho, composto por profissionais de renomadas instituições do Governo do Estado de São Paulo, que guardam relações diretas com a problemática da poluição das águas, encarregado de elaborar e acompanhar a execução desse ambicioso projeto.
As empresas privadas, que atenderam as diretrizes e procedimentos ditados pelo grupo de trabalho interinstitucional, puderam testar suas tecnologias em escalas pilotos, em seis canais experimentais idênticos, construídos pela EMAE junto a Usina Elevatória de Traição e que, em escala reduzida, simulam o Canal Pinheiros Superior.
Após uma intensa fase de preparação, as tecnologias propostas por seis empresas foram testadas ao longo de dois meses e monitoradas por um exaustivo plano de amostragem, a fim de possibilitar as avaliações de suas eficiências. Um dos canais de testes foi utilizado pela CETESB como referência para a avaliação da água bruta do Canal Pinheiros.
Os relatórios individuais, suportados por dados analíticos fornecidos por laboratórios independentes e acreditados pelo INMETRO, foram entregues, avaliados e comentados pelo grupo de trabalho.
Este relatório do grupo de trabalho sumariza e interpreta os resultados desse importante projeto, iniciado em janeiro de 2013 e concluído em janeiro de 2014, destacando que todas as tecnologias testadas, em maior ou menor escala, promoveram melhorias importantes na qualidade das águas do Canal Pinheiros.
Todas as seis tecnologias conseguiram melhorar o oxigênio da água; foram capazes de reduzir substancialmente os níveis de surfeto (odor); de reduzir os níveis de nutrientes e todas elas também reduziram os níveis de surfactantes, os comprovantes que geram espuma no rio. As tecnologias também foram capazes de promover a redução de partículas, de resíduos, o que permite a redução de custos de dragagem.
O relatório com as conclusões foi encaminhado para o grupo de trabalho responsável pelo Plano de Despoluição dos Rios da região Metropolitana de São Paulo para a análise da viabilidade econômica das tecnologias.
Conclusão: as testadas são inovadoras e dotadas do que existe de mais avançado. Todas foram capazes de melhorar os índices apontados como necessários para garantir a qualidade da água. Todas foram capazes de melhorar os índices apontados como necessários para garantir a qualidade da água.