Delegados de 88 países discutem futuro das baleias no Atlântico
Representantes dos governos de 88 países que integram o Comitê Científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI) reúnem-se na cidade de Bled, Eslovênia, de 12 a 24 de maio, para avaliar a situação atual das baleias minke, no Atlântico Norte, e jubarte, no Atlântico Sul, além de uma pauta com outros 25 itens. Os delegados também avaliarão as propostas de criação de novos espaços de preservação, como o Santuários de Baleias do Atlântico Sul, proposta defendida pelo Brasil, com apoio da Argentina, Uruguai e África do Sul, entre outros países, e a lista de prioridades da CBI para 2015 e 2016.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estará representado pelo secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, e pelos especialistas Paulo Rogério Gonçalves, Fábia Luna e Milton Marcondes. A CBI é uma entidade intergovernamental global, encarregada da conservação das baleias e da gestão da caça a esses animais. Foi criada em 1946 no âmbito da Convenção Internacional para a Regulação da Atividade Baleeira.
RECUPERAÇÃO
Em 1986, a comissão proibiu a caça comercial de baleias, disposição que vigora até hoje, embora alguns países ainda insistam na captura desses animais. Para estes casos, a CBI estabeleceu limites e trabalha na recuperação das populações de baleias em risco de extinção, pois a sua principal tarefa é rever, periodicamente, as medidas adotadas no Programa da Convenção que regulam a atividade baleeira em todo o mundo.
Estas medidas visam permitir a total proteção de algumas espécies de baleia, designar áreas específicas como santuários, estabelecer limites ao número e tamanho de baleias a serem caçadas, declarar épocas e áreas de defeso, proibir o abate de filhotes em amamentação e de fêmeas acompanhadas por suas crias.
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