Nível de represa é o menor dos últimos 48 anos em Caconde-SP – Portal Pesca Amadora Esportiva Nível de represa é o menor dos últimos 48 anos em Caconde-SP | Nível de represa é o menor dos últimos 48 anos em Caconde-SP – Portal Pesca Amadora Esportiva

Nível de represa é o menor dos últimos 48 anos em Caconde-SP

Caconde esta com nivel mais baixo em 48 anosO nível da represa de Caconde (SP) já é considerado o menor em 48 anos por causa da estiagem, segundo AES Tietê, hidrelétrica que é abastecida pela represa. O reservatório opera com apenas 16,60% da capacidade de volume útil de água, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A situação também preocupa comerciantes e frequentadores do local.

Em alguns trechos, a água recuou até 50 metros, deixando pedras e bancos de arreia, que antes estavam submersos, visíveis. Com a erosão nas margens, o gado pasta em uma área que deveria estar coberta pela água. Quanto mais afastado da usina, mais a represa fica turva e com lama. Em fevereiro, o reservatório operava com 42% da capacidade.

Prejuízos
Caconde esta com nivel mais baixo em 48 anos 2O pescador Anselmo Consolini se sente prejudicado. “Em 33 anos eu nunca viu nada igual. Tenho passado por dificuldades. Jogo a rede e não pesco nada, os peixes se afastaram. Tem pescador que até resolveu mudar de profissão para sobreviver”, contou.

Segundo o administrador de um parque aquático, Antônio Miranda, é preciso redobrar a atenção ao passar pelo rio. “Pontos que teriam que estar com 20 metros de profundidade estão com dois metros”, falou.

O setor de turismo também está comprometido. “Nesta época de baixa já esperamos uma redução de 50% em relação à alta temporada, mas o prejuízo dessa vez está muito alto, tenho no máximo 10% de movimento. O pessoal nem tem vindo praticar esportes náuticos”, disse o secretário de Turismo, Reginaldo Antônio de Souza.

Alternativa cara
Piscicultor coloca aerador para oxigenar peixes na represa em Caconde-SPAs criações de peixes também são afetadas com o baixo nível da represa. Em uma propriedade, por exemplo, o piscicultor Fernando de Souza precisou colocar um aparelho para dar oxigênio aos peixes. “É um motor que fica submerso e que movimenta a água do lago 24 horas. É uma estratégia de alto custo, cerca de R$ 600 por mês”, afirmou Souza.

“Aqui existem 150 tanques. Neles 400 mil peixes nadam a dois metros de profundidade. Se a represa não subir, o medo é que aconteça o pior, porque já vi peixes mortos e pode ter uma hora que nem o aerador vai ajudar e todos podem morrer”, alertou.

Vazão
A ONG Associação para Preservação Ambiental de Caconde (APAC) acompanha a situação. “Os principais impactos são para as pessoas que vivem em volta da represa, que necessitam do sustento ou lazer. Uma alternativa para enfrentar a estiagem seria regular a vazão que já está mínima em 32 metros cúbicos por segundo, já que a usina tem duas comportas para o controle da força da água”, explicou o conselheiro Limerci Vieira Forlin.

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