Pescadores conhecem as ações socioambientais desenvolvidas por Itaipu
Entre o segundo semestre de 2013 e o primeiro deste ano, mais de 360 pescadores que atuam no reservatório de Itaipu, de quatro associações e seis colônias, conheceram as ações da binacional para favorecer a atividade pesqueira na Bacia do Paraná 3 (BP3).
O balanço foi divulgado nesta semana pela Divisão de Reservatório (MARR.CD), que promoveu a atividade. De acordo com o engenheiro agrônomo Irineu Motter, da MARR.CD, foram nove visitas, no total. A última aconteceu na quarta-feira (18), com pescadores de Foz do Iguaçu.
Também foram beneficiados, somente neste mês de junho, pescadores de Santa Helena, Missal e Medianeira (no dia 2), Itaipulândia (dia 9), São Miguel do Iguaçu (dia 10) e Entre Rios do Oeste e Santa Terezinha de Itaipu (dia 16).
O objetivo da ação, segundo Motter, é ampliar o nível de conhecimento dos pescadores dos municípios lindeiros sobre o trabalho desenvolvido pela Itaipu. Para muitos, embora nascidos ou moradores da região, foi ainda a primeira visita à maior produtora de energia elétrica do planeta.
“A maioria dos presidentes das associações já conheciam as instalações, mas os pescadores não. Por isso, o balanço foi muito positivo. Primeiro, porque eles se sentem valorizados. Segundo, porque os pescadores são os nossos parceiros das ações [socioambientais] desenvolvidas no reservatório e poderão se tornar multiplicadores dessa informação”, disse.
Canal e Estação de Piscicultura
Além da visita panorâmica aos principais pontos turísticos da usina, os pescadores conheceram dois pontos de interesse específico: o Canal da Piracema, na margem brasileira de Itaipu, e a Estação de Piscicultura, em Hernandárias, no Paraguai.
Um dado chamou a atenção dos pescadores. No último período de repovoamento, de novembro a fevereiro, a Estação de Piscicultura soltou no reservatório um milhão de alevinos – foi a maior soltura em 25 anos.
Motter destacou que os alevinos tinham quatro meses de vida e mais de 20 gramas, o que eleva as chances de sobrevivência. Ou seja, se chegarem à vida adulta, os peixes poderão chegar à mesa do consumidor por meio da pesca. “Isso significa alimento no prato e maior renda para os pescadores.”
O engenheiro acrescentou que já há demanda para formação de novos grupos de visita, o que deve ocorrer em breve. Uma novidade poderá ser a inclusão de destinos, como o Parque Nacional do Iguaçu. “Eles têm curiosidade porque muitos só conhecem [as Cataratas] por fotografia”, explicou o engenheiro.
Mil pescadores
As quatro associações e nove colônias beneficiadas pela ação de Itaipu representam aproximadamente mil pescadores que atuam no reservatório de Itaipu.
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