Projeto que estimula a pesca e aquicultura na fronteira da região Norte é aprovado
Encerrou nesta quarta-feira (23) o seminário que discutiu com entidades regionais, federais e internacionais a cooperação fronteiriça entre os municípios do Alto Solimões, no Amazonas, e o Peru visando o desenvolvimento econômico da cadeia produtiva do pescado e aquicultura no Estado.
Como produto do encontro, a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan), em parceria com o Ministério da Integração Nacional, deve apresentar até dezembro deste ano, o projeto de inovação Brasil, Peru e União Europeia. O esboço foi aprovado ontem ao final da reunião realizada na sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae-AM).
De acordo com o coordenador do núcleo de faixa de fronteira da Seplan, Marconde Noronha, a meta do projeto a ser entregue é formatar junto às entidades envolvidas um plano mestre (masterplan) do setor de piscicultura na região fronteiriça do Estado para indicar as diretrizes a serem seguidas pelos próximos governos, no sentido de desenvolver a atividade, tanto no Brasil quanto no Peru.
Segundo Noronha, a escolha do segmento foi feita baseada na definição do setor como o de maior potencialidade econômica tanto para municípios do Alto Solimões como Tabatinga, Atalaia do Norte e Benjamim Constant como para as regiões de Loreto e San Martin, no Peru. “Nós poderíamos, por exemplo, desenvolver rações para espécies de peixes do Peru ou criar um canal de exportação para subprodutos do pescado como hambúrguer e nuggets de peixe. Tudo é questão de organizar esse processo produtivo”, defendeu.
Benefícios
Entre os benefícios da integração entre o Amazonas e o Peru, segundo o coordenador, está o desenvolvimento de outros segmentos, como a indústria que poderá ter mais facilidade para escoar seus produtos e criar espaço para novos itens na área de alimentos e fitoterápicos. “O Polo Industrial de Manaus (PIM) poderia seguir pela linha do setor primário com o comércio de alimentos como frutas beneficiadas e produtos a partir de plantas”, sugeriu.
Próximos passos
Na avaliação do coordenador geral de programas macroregionais do Ministério da Integração Nacional, Alexandre Peixoto, a elaboração do projeto é apenas o primeiro passo.
Ele adiantou que, em setembro, uma missão de agentes regionais será enviada à União Europeia, responsável pela intermediação da parceira entre os países, para assimilar exemplos de beneficiamento de pescado que funcionam no continente. “Até dezembro, outra visita será realizada ao Peru, com o mesmo objetivo”, informou.
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