A seca prolongada deste ano, que atinge cidades de São Paulo e Minas Gerais, espalha com ela problemas como o deficit do abastecimento de água, o aumento dos preços na agricultura, e a falta de desenvolvimento de peixes, além da economia de municípios que exploram de forma turística rios, represas e cachoeiras.
Cidades como Tambaú (255 km de São Paulo) e Santa Rita do Passa Quatro (248 km de São Paulo), por exemplo, captam água de represas particulares, distantes até 7,5 quilômetros dos municípios.
Mesmo com a medida adotada em Tambaú, metade da população fica 15 horas sem água em dias alternados. O município tem 23 mil habitantes e decretou estado de emergência.
Casa Branca (229 km de São Paulo) também decretou estado de emergência. O corte de água na cidade é feito das 6h às 21h, na tentativa de poupar o pouco que resta de água.
Dados da Defesa Civil do Estado apontam que, desde janeiro, choveu 50% a menos do esperado em todo o Estado.
O rio Pardo, de acordo com o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica), está no menor nível -50 centímetros- desde 1941, quando o órgão iniciou a medição em Ribeirão Preto.
Na região do lago de Furnas, em Minas Gerais, a seca prolongada prejudica o turismo local. O prejuízo estimado é de R$ 30 milhões. Campings, pesqueiros e passeios em barcos estão prejudicados.
Funcionários estão sendo demitidos pelas empresas. Em Cachoeira de Emas, distrito de Pirassununga, a seca que atinge o rio Mogi-Guaçu é a pior em 60 anos.
Isso fez com que a reprodução de peixes ficasse prejudicada em 80%. Pescadores têm que recorrer ao dinheiro guardado em poupança para a sobrevivência.