A campanha “Adote uma Espécie”, lançada pelo WWF-Brasil, em outubro deste ano, ganha dois novos animais, desta vez, habitantes de terras brasileiras: a arara-azul e o boto-cor-de-rosa.
Ambas são consideradas espécies ameaçadas. A arara-azul já consta como vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Estima-se que existam, aproximadamente, apenas 6.500 araras-azuis, sendo que 5 mil delas estão na região do Pantanal. Segundo especialistas, a população global da espécie está em declínio. Os principais motivos são a destruição dos habitats naturais e o comércio ilegal de animais silvestres.
Já o boto-cor-de-rosa, localizado na Amazônia brasileira, está listado como “dados deficientes” na lista da IUCN, ou seja, não é possível determinar se o animal está ameaçado de extinção ou não. Mesmo assim, as estimativas não são animadoras. Pesquisadores estimam que cerca de 13 mil botos vivem na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, uma área protegida no estado do Amazonas.
Uma das maiores ameaças à espécie é a pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), um tipo de peixe que se alimenta de animais mortos. Esse tipo de pesca usa a carne do boto abatido como isca. Estima-se que cerca de 600 botos são mortos por ano no Brasil dessa forma. Outra ameaça é a construção de hidrelétricas nos rios amazônicos, que pode isolar populações de botos e afetar os peixes da região, principal fonte de alimentação da espécie.
Com a campanha, o WWF-Brasil pretende conscientizar a sociedade sobre as espécies ameaçadas e, por meio de doações, apoiar programas que atuam com a espécie, além de custear o trabalho em defesa da expansão dos habitats protegidos e a redução dos impactos humanos no ambiente natural.
“É preciso que a população tenha consciência do impacto das ações humanas no meio ambiente e, consequentemente, nos animais que nele habitam. Nossa missão, enquanto organização que realiza trabalhos de conservação ambiental, é também mobilizar o maior número de pessoas para mudar essa realidade”, diz Renata Amaral Soares, Superintendente de Comunicação, Marketing e Engajamento do WWF-Brasil.
Para “adotar” uma espécie brasileira, é preciso contribuir com uma doação mensal. O contribuinte receberá um kit contendo uma pelúcia da espécieadotada, um certificado de participação, uma cartilha com informações sobre o WWF-Brasil e sobre a espécie, além de adesivos personalizados.
WWF-Brasil