Seca atrasa em 2 anos produção de peixes em tanque-rede na divisa de SP com MS
Falta de chuvas no reservatório da Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, problema que assolou a Região Sudeste em praticamente metade do ano de 2014, deve atrasar em dois anos a produção de 36 mil toneladas de peixe, projetada para os tanques-rede instalados no parque aquícola, na divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo. A análise é do superintendente federal de Pesca e Aquicultura de Mato Grosso do Sul, Luiz David Figueiró.
“Havia previsão de que esse parque produzisse 36 mil toneladas dentro de cinco anos (portanto a partir de 2018), mas as condições climáticas não ajudaram”, comentou. Das sete áreas que compõem o parque aquícola, duas ainda estão em situação considerada crítica, enquanto as demais estão voltando aos níveis normais. “Já há produtores operando, mas não em plena capacidade, porque houve redução dos volumes de água. Faltou ‘pasto’”, concluiu, referindo-se à máxima segundo a qual aquicultura é a agricultura das águas, portanto “tudo que se planta na água dá”.
“Com a diminuição do volume de Ilha Solteira os produtores não podem colocar muito peixe. Aqueles que tiveram as áreas afetadas fizeram o vazio sanitário”, explicou Figueiró. A expectativa é que só dentro de dois anos essas áreas devem voltar à normalidade. Com isso, a projeção de produção máxima de 36 mil toneladas gerada pelo parque passaria somente para 2020.
O número de produtores que estariam atuando no momento no Parque de Ilha Solteira não foi informado. De acordo com o superintendente, 70 pescadores ganharam o título para exploração do parque, além de seis produtores que venceram o processo licitatório e compraram o restante das áreas, com direito a exploração pelo prazo de 20 anos.
Daniella Arruda – Jornal Correio do Estado
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