Mancha escura no Rio São Francisco preocupa população em AL
O Ministério Público Federal em Alagoas (MPF-AL) instaurou inquérito civil para apurar causas e consequências de uma mancha com cerca de 28 km de extensão no rio São Francisco.
Situada entre Paulo Afonso (BA) e Delmiro Gouveia (AL), a mancha está prejudicando a pesca e o abastecimento em oito cidades alagoanas desde a semana passada.
A procuradora da República em Alagoas, Aldirla Albuquerque, aguarda para hoje a confirmação da data de vistoria no rio por técnicos do MPF-Brasília. Segundo ela, qualquer decisão visando à solução do problema só será adotada com base nos laudos técnicos.
Ontem, o MPF-AL, Ibama e outros órgãos ambientais participaram de um encontro em Maceió, convocado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) para debater o desastre.
“O principal encaminhamento foi uma solicitação à Agência Nacional de Águas (ANA) e ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para aumento da vazão no rio, de modo a dissipar a mancha”, disse o secretário do CBHSF, Maciel Oliveira.
Microalga
Técnicos da Chesf que participaram da reunião em Maceió, ontem, afirmaram que a mancha é formada por microalgas e negaram que o esvaziamento do reservatório, em 22 de fevereiro, seja responsável pela proliferação delas.
A companhia destacou, em nota, que os testes do Laboratório de Biologia Vegetal do Núcleo de Pesquisa em Ecossistemas Aquáticos Nupea-Uneb apontaram a floração da microalga oportunista Ceratium furcoides como formadora da mancha escura, cuja água amarelada exala mau cheiro.
Você precisa fazer login para comentar.