A Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e a Cipa (Companhia de Polícia Ambiental) intensificaram a fiscalização da Piracema (período de reprodução de algumas espécies, sendo proibida a pesca predatória) no trecho compreendido entre os municípios de Boa Vista, Cantá, Mucajaí, Iracema e Caracaraí, na calha do Rio Branco e nos principais afluentes à direita e esquerda.
A ação resultou na apreensão de 35 malhadores de diversos tipos e poucos exemplares de curimatã, pacu e pescadas. As equipes das duas instituições vistoriaram paranás (alguns rios que ocorrem nas laterais de rios de maior porte), lagos que se formam com a cheia dos igapós (termo indígena que significa raiz de água) e principais rios a montante do Quitauaú, que fica abaixo da Serra Grande, vindo do município de Cantá.
Neste trecho está localizada a atração turística da cachoeira Véu de Noiva, na Serra Grande. Segundo o morador da região, Pedro Galdino, antes a localidade era cheia de pescador. “Agora diminuiu muito. Falta pouco tempo para acabar a Piracema e esse povo não sabe esperar”, criticou a insistência de alguns pescadores em não respeitar o período e continuar a prática da pesca na região.
A fiscalização seguiu rumo ao rio Mucajaí. Lá não havia pescadores. De lá até o município de Iracema aumenta a densidade demográfica rural e o número de propriedades nas margens do rio Branco, implicando no aumento do número de apreensões de malhadores.
Do Município de Iracema até Caracaraí, pela força da própria natureza pouco se arriscam a pescar nas perigosas corredeiras do Bem Querer. Lá exige experiência e conhecimento de navegação. As pedras proeminentes que podem quebrar a hélice propulsora do motor de popa e provocar o descontrole da voadeira, ocasionando colisão com pedras submersas a pouca profundidade na lâmina d’água das corredeiras.