O relatório ambiental que investiga as causas da morte em massa de arraias ocorrido na última terça-feira (21) revelou que foram encontradas marcas de rede de pesca nas carcaças de arraias recolhidas. A informação foi divulgada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).
Ainda de acordo com o órgão, no local do incidente não foi possível a identificação dos ferimentos a olho nu por causa da areia que estava nos animais e de os hematomas ainda não estarem destacados.
A possibilidade das mortes das arraias ter sido criminosa foi adiantada pelo biólogo Bruno Berger Coelho, em entrevista para o jornal online Folha Vitória. O biólogo revelou que uma prática ilegal de pescadores que promoveriam arrastões de pesca de camarões podem ter causado o fato.
O Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (Ipram), durante vistoria do Iema, recolheu duas carcaças e em uma delas, após análise física durante necropsia, constatou-se a presença de marca de rede.
A empresa de consultoria ambiental CTA Meio Ambiente também coletou amostras na ocasião e enviou ao Iema um laudo que comprova a marca de rede nos peixes.
Com base nas informações constatadas pelo Ipram, com acompanhamento do Iema, e com base no laudo do CTA, o órgão irá elaborar um relatório ambiental que será enviado à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, responsável pelas investigações sobre a morte das arraias.
Jornal Vitória