Paraguaios acusam Brasileiros de pesca predatória em Ayolas-PY
O jornal paraguaio ABC Color publicou em sua edição do dia (25) uma matéria denunciando a pesca predatória que teria a cumplicidade do Ministério do Meio Ambiente (SEAM) daquele País. Ainda segundo a matéria, a maioria do pescado abatido teria como destino o Brasil.
Um grupo de pescadores das zonas costeiras da cidade relatou o abate de peixes nativos nas águas do rio Paraná, por supostos pescadores esportivos que vêm para a cidade com seus barcos ou grupos de “turistas” do Brasil.
Os ribeirinhos afirmam que os alegados “pescadores” não respeitam as medidas dos peixes que conseguem obter, e assinala ainda que, grandes quantidades de peixes com ovas são abatidos, causando grandes danos à fauna.
Os afetados se dizem preocupados e impotentes com o abate desordenado, pois não só afeta a fauna de peixes, mas também os meios de subsistência de muitas famílias pobres que dependem da pesca, e não têm qualquer outra renda para seu sustento.
A grande maioria dos pescadores da concordaram que desde o início de setembro, os peixes começam a desovar, e o período de defeso para a reprodução é muito curto. Eles alegam ainda que a falta de vontade do governo para buscar uma saída para esta situação e a não proibição é mais longa e mais conveniente.
Por fim, os pescadores afirmam que a Secretaria do Meio Ambiente (SEAM) está mais preocupada com a coleta de royalties para os “turistas” que vêm com seus próprios barcos, ou em grupos de visitantes que chegam do Brasil para a devastação dos peixes.
De acordo com o texto, 90% do pescado abatido por pescadores amadores em águas paraguaias tem como destino o Brasil.
Muitos brasileiros pagam as taxas de pesca exigidas pelas autoridades paraguaias e com isso teriam o álibi para a matança, sobretudo de dourados e de diversas espécies de couro e de escama.
A taxa custa cerca de R$ 15 (ou 210 guaranis) e é válida para quatro dias de pesca. Vale ressaltar que o Paraguai liberou o abate do dourado em 2012, alegando que a espécie virara “uma praga” no Rio Paraná.
Veja a matéria na íntegra:
Jornal ABC Color
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