Mais de nove toneladas de peixes mortos já foram recolhidos nas margens do rio Doce
A lama proveniente do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), já deixou ao menos nove toneladas de peixes mortos no leito do rio Doce, que cruza os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. O rompimento ocorreu em 5 de novembro, em barragem da empresa Samarco, controlada pela Vale e pela BHP Billiton.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), no trecho do rio que fica no Espírito Santo já foram retiradas três toneladas de peixes mortos; já na porção de Minas Gerais, seis toneladas foram recolhidas.
O Ibama multou a empresa em R$ 250 milhões, divididos em cinco autos de infração. Mais multas podem surgir, de acordo com o instituto.
Para tentar minimizar o impacto e restaurar a fauna, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está percorrendo o leito do rio Doce para tentar recolher matrizes de espécies de peixes que estão ameaçadas de extinção, de modo a tentar constituir uma amostra da biodiversidade de peixes. Assim, será possível iniciar reprodução em cativeiro para, posteriormente, repovoar trechos do rio.
Além do Rio Doce, a lama já se espalhou por cerca de 43 km para o Norte do mar no Espírito Santo. A Leste, mar adentro, a extensão é de 10 km, e para o Sul é de 2 a 3 km.
No último dia 12, o biólogo Marco Bravo já havia ressaltado que, além da mortandade, a lama deve desencadear uma série de problemas na cadeia alimentar do rio e do mar, causando até o sumiço de algumas espécies.
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