Rejeitos da Samarco atingiu outros dois rios antes de chegar no Rio Doce
Em uma matéria recente divulgada pelo jornal Estado de Minas, estima-se que cerca de 100 nascentes, em uma extensão de 100 a 120 quilômetros foram soterradas pelos rejeitos da Samarco, especialistas afirmam ainda que os rejeitos destruíram matas ciliares em faixas de 50 a 100 metros em cada lado das margens.
Um fato pouco divulgado é em relação aos rios afetados no trajeto dos rejeitos até que invadisse o Rio Doce. O primeiro rio a servir como uma espécie de estrada para o rejeito foi o Rio Gualaxo do Norte, que nasce na cidade de Ouro Preto-MG e corta a área rural de Mariana-MG e segue para Barra Longa-MG onde se encontra com o Rio do Carmo, até alcançar o Rio Doce.
A lama que chegou a Barra Longa pelo Gualaxo do Norte seguiu pela região no leito do Carmo, que deságua no Rio Piranga. No encontro desses dois, nasce o Rio Doce, onde a situação ganhou maior visibilidade em decorrência de sua extensão.
De lá, o manancial corta o Vale do Aço, passa pelo parque estadual do Rio Doce e segue até desaguar no mar no município de Linhares-ES.
No total, os rejeitos da mineradora Samarco atingiu o ecossistema de mais três rios que serviram como uma adutora levando 62 bilhões de litros de uma lama impregnada de metais , antes de devastar as águas do Rio Doce.
No estado de Minas Gerais, o governo decidiu abrir as comportas das hidrelétricas, abrindo caminho para que os rejeitos continuassem seguir o curso do Rio Doce, dizimando toda a sua vida aquática até a que chegue a foz na cidade de Linhares.
Os rejeitos já chegaram ao estado do Espírito Santo, no entanto, voluntários e associações de pescadores lutam contra o tempo em Colatina-ES e Linhares, para resgatar o máximo de peixes possíveis e transporta-los para lagoas e açudes próximos, a fim de salvar o pouco que ainda resta da vida marinha do rio.
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