Fundado em 1950, o Museu do Instituto de Pesca de Santos é uma das atrações turísticas e culturais mais antigas da Cidade. Mas nem por isso tem um acervo estático: nesta temporada, oferece até fevereiro uma exposição do artista plástico Alexandre Huber que, com criatividade, mostra telas a óleo, giz de cera, caneta esferográfica e lápis de cor integradas ao objetivo da instituição: criar uma “mentalidade” de preservação e utilização racional dos recursos marinhos.
Alexandre passou parte da sua infância visitando o centenário prédio na Avenida Bartolomeu de Gusmão, 192, na Ponta da Praia. E também o Aquário de Santos, onde os leões marinhos Macaé e Macaezinho eram as grandes atrações. Isso contribuiu para que toda a sua formação cultural virasse para a vida marinha.
“Saio sempre renovado. É fantástico o interesse e a criatividade das crianças que visitam este museu. Costumo dizer que devemos semear sempre esses futuros guardiões do meio ambiente” revela Alexandre Huber.
Autodidata, algumas das suas obras ainda inéditas estão expostas de uma das salas do primeiro andar do museu, como parte da exposição Oceano – Huberarte Marinha.
Um pequeno quadro chama a atenção pelo colorido. E sintetiza todo o objetivo da “huberarte”, um jogo feito com o nome do autor. “Educo meus dois filhos para que não desperdicem o que têm. Por isso, jogam os tocos dos lápis de cor em uma caixa. Recentemente peguei todos os tocos de lápis e os chamei. E com as sobras dos lápis produzi esse quadro, O anjo e as Borboletas, mostrando esses peixinhos coloridos do ambiente fantástico que é o oceano”.
Alexandre fala com entusiasmo sobre os objetivos do Museu de Pesca, nome que popularizou a instituição, e da dedicação da diretora do museu, Thais Moron Machado.
“Ela está dando vida ao museu. Não são apenas peças estáticas e culturais. Teremos espetáculos teatrais e apresentações artísticas. E os visitantes, que de fora sempre se encantam com a beleza deste prédio bem conservado depois de muito esforço de todos, se espantam com a vista maravilhosa do mar, a partir das janelas do primeiro andar”.
Jornal A Tribuna – Santos/SP