A usina hidrelétrica de Belo Monte começou a operar um sistema de transposição de peixes, que permite o fluxo de espécies migradoras ao longo do rio Xingu. O sistema está em funcionamento desde o último dia 3, com a abertura das comportas do mecanismo. Com isso, os peixes podem prosseguir suas rotas de migração rio acima da barragem da usina.
O sistema com 1.200 metros de comprimento forma uma correnteza que atrai os peixes e permite a passagem deles por um caminho alternativo à barragem. Os peixes são monitorados por meio de câmaras e sensores que registram a passagem deles e também permitem coletar dados sobre os hábitos das espécies migradoras da região.
Segundo a Norte Energia, a transposição de peixes é uma das obras integrantes do projeto básico ambiental da usina para conservar a vida aquática do rio Xingu. O mesmo tipo de sistema é utilizado em empreendimentos como a usina de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia.
“A movimentação de peixes após o barramento do rio Xingu é de extrema importância para que essas espécies completem seus ciclos de reprodução e estão em linha com os princípios de sustentabilidade sobre os quais são fundamentadas as ações socioambientais da UHE Belo Monte”, afirma o superintende dos Meios Físico e Biótico, da Norte Energia, Gilberto Veronese.
Os estudos levaram em consideração as características da região, que têm na pesca artesanal e esportiva um dos maiores eventos populares e de incremento na cadeia alimentar.