Uma nova estratégia para intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, começou a ser usada nesta sexta-feira (12). Foram depositados em locais de alagamento da cidade, cerca de 10 mil alevinos de tilápia que se alimentarão dos ovos, larvas e pupas do mosquito que é transmissor de doenças como Dengue, Zika e Chikungunya. O objetivo é evitar a proliferação do isento, já que ele se desenvolve onde há acúmulo de água.
O projeto é uma parceria da Prefeitura de Petrolina com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – Codevasf. A estimativa é de que até o final de fevereiro sejam soltos cerca de 50 mil alevinos em pontos da cidade com focos permanentes ou temporários de infestação das larvas do mosquito.
Na primeira fase do projeto, algumas das áreas escolhidas foram atrás do Centro de Convenções Senador Nilo Coelho e nas proximidades do Aeroporto Internacional Senador Nilo Coelho.
De acordo com o engenheiro de pesca da Codevasf, Rozzano Figueiredo, a escolha das tilápias foi por causa da resistência desses animais a altas temperaturas e por serem carnívoros nessa fase da vida. O tempo que os animais ficarão nas lagoas é difícil de prever, segundo o engenheiro.
“O tempo de vida desses alevinos varia de acordo com diversos fatores, como profundidade, volume, qualidade e temperatura da água. Nessa lagoa atrás do Centro de Convenções, caso não chova, eles podem sobreviver por cerca de 30 dias, mas não dá para cravar um período preciso. O objetivo não é que os alevinos cresçam e engordem e, sim, que eles se alimentem das larvas do Aedes aegypti ”, explicou.
Segundo a secretária de Saúde de Petrolina, Lúcia Giesta, a ação não gera custos significativos para prefeitura, o gasto seria apenas na aquisição de sacolas e transporte dos alevinos. “Essa estratégia é realizada em cidades de estados como o Piauí, Paraíba e São Paulo e tem mostrado bons resultados.
Isso é apenas uma das ferramentas para evitar a Dengue, Zika e Chikungunya. É importante que a população também contribua para ficarmos livres dessas doenças”, declarou. Giesta destaca que desta forma faz-se um combate biológico, ou seja, evita-se o uso de larvicidas e outros produtos químicos que possam contaminar o solo e a água.