Empresário português foi preso por pesca e venda ilegal de espécies protegidas nos EUA
O empresário português Carlos Rafael foi detido nos Estados Unidos e acusado de capturar e vender ilegalmente espécies protegidas de peixe.
Segundo a acusação, o imigrante português, detido na sexta-feira, mentiu às autoridades sobre as quantidades e espécies de peixe capturadas pela sua frota para contornar quotas de pesca sustentável.
Carlos Rafael, de 64 anos, vendia os peixes por um valor de mercado elevado, a um vendedor por atacado de Nova Iorque.
O imigrante da ilha do Corvo é dono de uma das maiores operações de pesca comercial do noroeste americano, Carlos Seafood Inc., sendo apelidado de “Codfather”, um trocadilho com o filme americano.
Carlos Rafael foi formalmente acusado de conspiração e por apresentar registros falsos às autoridades dos EUA durante anos.
O canal de notícias CNN disse que o empresário usava compartimentos falsos para transportar os peixes e usava rótulos alterados para evitar as quotas. O mesmo canal garante que a investigação ainda decorre e mais detenções podem acontecer.
A investigação, que envolveu o fisco dos EUA, os serviços de investigação da Guarda Costeira e a Organização Nacional dos Oceanos e Atmosfera, começou depois de Carlos Rafael ter colocado o seu negócio à venda no ano passado.
Quando dois agentes à paisana se fizeram passar por potenciais compradores, o português confessou a sua operação “fora dos cadernos”.
Em janeiro deste ano, Carlos Rafael e a sua contabilista explicaram o passo-a-passo da operação, a que se referiam como “a dança”, durante uma reunião com os falsos compradores.
No encontro, Rafael afirmou que tinha faturado U$ 668 mil dólares nos últimos seis meses. Os investigadores acreditam que parte do dinheiro foi desviado para Portugal através do Aeroporto de Boston.
Junto com o português, foi detida a sua contadora, Debra Messier, que já foi libertada depois de pagar fiança no valor de U$ 10 mil dólares.
Carlos Rafael será ouvido pela polícia nessa quarta-feira, onde será decidido se ele poderá aguardar o julgamento em liberdade e, se assim for determinado, determinar um valor de fiança.
Você precisa fazer login para comentar.