Policiais da PMA (Polícia Militar Ambiental) de Miranda realizavam fiscalização na BR-262, na noite de sábado (20), em razão de denúncias de que algumas pessoas estariam pescando iscas vivas no período de piracema e comercializando na cidade e apreenderam nove tambores e duas Cubas cheias com 2.000 iscas vivas da espécie “jejum”. Os tambores com o pescado eram transportados numa caminhonete GM/S-10, com um semi-reboque.
Um comerciante de Miranda, de 45 anos, que transportava as iscas não possuía a GCP (Guia de Controle de Pescado), que é necessária legalmente. Havia apenas uma nota fiscal de produtor, a qual não especificava nem o tipo e nem a quantidade de produto transportado, o que é ilegal.
Além disso, o CNPJ e Inscrição Estadual lançados na nota fiscal não conferiam com o CNPJ e Inscrição Estadual da empresa do comerciante que efetuava o transporte do pescado. Pela legislação de Mato Grosso do Sul, somente os pescadores profissionais podem fazer a captura de iscas para vendê-las aos comerciantes. As iscas e o veículo foram apreendidos.
Como não comprovou a origem, e as iscas vivas apreendidas eram peixes da espécie “jejum” e, portanto, a captura em período de piracema caracteriza-se como crime de pesca predatória, o infrator recebeu voz de prisão por transporte de produto da pesca ilegal. Ele foi conduzido à delegacia de Polícia Civil da cidade e autuado pelo crime ambiental, que prevê pena de um a três anos de detenção.
O infrator, residente em Miranda também foi autuado administrativamente e multado em R$ 7,7 mil. As iscas serão soltas no Pantanal.