A frota baleeira do Japão retornou nesta quinta-feira (24) da temporada de caça na Antártica com mais de 300 baleias, incluindo mais de 200 fêmeas grávidas.
A Corte Internacional de Justiça decidiu, em 2014, que a caça à baleia promovida pelo Japão nos oceanos do Sul deveria ser encerrada, fazendo o país cancelar sua temporada de caça na ocasião. O país afirmou que retomaria as caçadas posteriormente, ignorando a ordem judicial.
A frota baleeira saiu para a caçada em dezembro de 2015, em meio a críticas internacionais. Os últimos navios retornaram a Shimonoseki, no sudoeste do Japão nesta quinta-feira, trazendo um total de 333 baleias-de-minke, segundo a agência de pesca do país.
Ao todo foram abatidas 103 machos e 230 fêmeas, das quais 90% estavam grávidas, ou seja, cerca de 209 baleias. “O número de fêmeas grávidas é consistente com caças anteriores, o que indica que a situação de procriação das baleias-de-minke na Antártica é saudável”, afirmou a agência em um comunicado.
O Japão pretende caçar cerca de 4 mil baleias nos próximos 12 anos, segundo divulgado, isso faz parte de seu programa de pesquisa. O país reitera que seu objetivo final é a retomada da caça comercial.
Um tratado internacional proibindo a caça de baleias foi criado em 1986, mas proíbe apenas a pesca comercial. Muitos países, principalmente a Austrália, acusam o Japão de ter assinado o acordo mas explorar a “suposta caça científica” comercialmente.