Ibama realiza operação contra captura acidental de botos-cinza na Baía de Sepetiba no RJ
O Ibama intensificou a fiscalização contra a captura acidental de botos-cinza na Baía de Sepetiba, no litoral sul do Rio. A ação, batizada de Operação Sotália, já apreendeu, desde terça-feira, cinco barcos sem licença de pesca, seis redes de arrasto com malha inferior ao permitido por lei e três mil metros de redes de espera sem identificação. De acordo com o instituto, redes dessa modalidade devem ser identificadas com o registro do pescador.
“Todas as redes anônimas estão sendo apreendidas e destruídas. Raros pescadores cumprem a norma de identificar suas redes porque, na verdade, há muita gente pescando na baía sem autorização, o que aumenta a competição por espaço e alimento com o boto”, disse o coordenador da operação, o analista ambiental do Ibama Leonardo Tomaz.
Segundo o Ibama, botos-cinza são vítimas frequentes da captura acidental em redes de espera, também chamadas de redes de emalhe. Uma vez preso, o boto não consegue mais subir à superfície para respirar e acaba morrendo por asfixia.
A Operação Sotália é a terceira ofensiva do instituto para combater a pesca ilegal na baía de Sepetiba este ano. A primeira ocorreu em maio e junho, com apoio da Polícia Federal e do Instituto Estadual do Ambiente, quando o Ibama apreendeu mais de 10 barcos, redes e cinco toneladas de pescado. Na ocasião, 47 pescadores foram detidos acusados de pesca ilegal.
A segunda aconteceu há duas semanas, quando o Ibama, em uma fiscalização inédita, identificou e multou 32 barcos de grande porte da frota atuneira por realizar pesca de cerco no interior da baía, o que é proibido. Até o momento, o Instituto já aplicou cerca de R$ 50 mil em multas.
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