Insetos são excelentes opções de isca viva na pesca esportiva

Uma das escolhas mais importantes ao se preparar para uma pescaria é a definição da isca. Ao selecionar a isca correta, amplia-se a chance de pescar a espécie de peixe desejado.

A isca viva, por exemplo, é uma excelente opção para atrair peixes como pacu, tilápia, tambaqui, bagre e matrinxã. Cada espécie de peixe se alimenta de um tipo de inseto. “Os peixes onívoros se alimentam de insetos de maneira geral, mas cada esécie tem afinidade com um inseto diferente”, explica o biólogo do Pesqueiro Tamburi, em Vinhedo/SP, Diego Ricardo Biasoli.

Os tenébrios comuns podem ser excelentes iscas para tilápias. Já os tenébrios gigantes atraem peixes como pacu, matrinxã e bagres. Os grilos pretos podem ser oferecidos para peixes como pacu e tambaqui e as baratas, independente da espécie (cinérea ou blaberus), poder ser oferecidos para pacus, tambaquis e tilápias.

Dentre inúmeras espécies de peixes que podem ser capturados com iscas vivas e particularmente com insetos vivos, estão cinco dos mais cobiçados pelos pescadores esportivos, são eles os tucunarés, trutas, traíras, aruanãs e os dourados.

Como caçar, criar e armazenar as iscas vivas pode ser muito trabalhoso para pescadores eventuais, hoje já existe mais facilidade para encontrar iscas vivas de qualidade disponíveis no mercado.

Uma opção são os insetos da Safari Alimentação Animal, especializada na criação de insetos para alimentação de peixes, aves e animais exóticos e silvestres. São grilos, baratas e tenébrios, comercializados vivos nos pet shops, dentro de pequenas embalagens especiais, desenvolvidas para que garantam a possibilidade de consumo em até de 30 dias.

“Os insetos são produzidos em uma fazenda localizada em Piracicaba, interior de São Paulo, e possuímos Título de Estabelecimento Relacionado, com aprovação do Ministério da Agricultura e responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal comestíveis e não comestíveis destinados ao mercado interno e externo”, explica o diretor da Safari, Eduardo Matos.

O “cardápio” oferecido pela Safari é composto por: grilo preto (Gryllus assimillis), tenébrio gigante Zophobas morio), tenébrio comum (Tenebrio molitor), barata cinérea (Nauphoeta cinérea) e barata blaberus (Blaberus giganteus) somando milhões de insetos.

De acordo com Matos, o sistema de produção é bem simples, mas há cuidados específicos para manter o ambiente sempre limpo e sem exposição a dejetos. “A alimentação dos insetos é preparada com farelo de trigo, milho, cevada e vegetais como legumes e folhas, de onde eles também retiram a água que necessitam. Os excrementos são retirados semanalmente de um reservatório no fundo de cada baia, onde caem por gravidade, mantendo o ambiente sempre limpo. Os insetos criados em cativeiro ficam guardados em ambiente controlado, a fim de evitar contaminação ou contato com espécimes de fora. São todos bem limpinhos”, explica.