PMA apreende 207 kg de pescado e prende desembargador por pesca predatória no MT
O Batalhão Ambiental de Mato Grosso atendeu a uma ocorrência de pesca predatória no Pantanal na manhã deste domingo (22). Segundo informou a PMA, um grupo de Minas Gerais foi detido com 207 kg de peixes de várias espécies como pintado, dourado, jaú e pacu, além de 12 kg de carne de jacaré capturado de forma irregular.
A ação foi coordenada após uma denúncia que chegou ao batalhão, informando sobre o delito. Devido a dificuldade de chegar ao local, os policiais tiveram que solicitar apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), que passou a monitorá-los desde sábado (20), juntamente com a equipe de inteligência da Polícia Ambiental.
Com a aeronave da PM, os demais policiais conseguiram identificar o local que o grupo vinha praticando o delito, assim como o lugar em que a aeronave deles aterrissou, conhecido como Ilha Camargo. O material apreendido já estava na aeronave, pronta para decolar para Belo Horizonte, capital Mineira.
Entre os detidos estão um advogado, um empresário e um desembargador aposentado. Ninguém teve o nome revelado até o fim do dia. A Polícia Militar resolveu resguaradar os nomes para fazer um levantamento junto a Justiça de Minas Gerais sobre a ficha de cada um.
O piloto da aeronave, que pertence a um advogado que está entre os presos, segundo a Polícia Ambiental, não foi detido. Ele seria responsável pelo transporte, mas não teria participado da pescaria.
Todos os infratores presos estavam hospedados em uma pousada naquela região, no entanto, eles não teriam conseguido decolar de uma pista mais próxima devido o excesso de peso do pescado e pelo fato de a pista ser de grama. Eles então levaram o peixe de barco e seguiram com a aeronave para o local onde foram flagrados por ser uma pista asfaltada.
“Para fazer o flagrante tivemos de usar o helicóptero, já que por terra não chega, por causa da água e, por água, demoraria muito. Demoraria pelo menos 6 horas de Porto Cercado até lá”, afirmou o major Juliano Paulo de Ataíde, subcomandante do Batalhão da Polícia Militar de Proteção Ambiental.
Foi constatado que os infratores também utilizaram uma tarrafas durante a pescaria, material predatório não permitido o uso para pescadores amadores. Além do material predatório, a pesca do dourado está proibida no estado e grande parte do pescado apreendido já estava manteados e sem cabeça, o que é proibido por lei, pontuou o major.
O grupo foi preso e encaminhado para a Delegacia da Polícia Civil de Poconé (MT), a policia, eles disseram não ter conhecimento de que a pesca do dourado era proibida. A aeronave, o pescado e os demais materiais foram apreendidos e servirão como provas dos delitos praticados. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados pela PJC.
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