A expedição, realizada entre janeiro e fevereiro de 2016, contou com a participação de cerca de 70 profissionais, que passaram 25 dias em trabalho de campo, na Serra da Mocidade (Roraima) – incluindo uma parte do Parque Nacional Serra da Mocidade, administrado pelo ICMBio, e áreas do Exército Brasileiro.
Após regressarem, os especialistas iniciaram a análise do material coletado, que contempla diversos grupos representativos: plantas, fungos, invertebrados (terrestres e aquáticos), mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e aves, além de uma análise da geologia local. Até agora, foram descobertas pelo menos 40 novas espécies de plantas e animais. Diante desse expressivo conhecimento científico gerado, a produtora Grifa Filmes decidiu realizar um documentário sobre a expedição, previsto para ser concluído ainda este ano.
De acordo com o ornitólogo Mario Cohn-Haft, idealizador e coordenador da iniciativa, o mais fascinante foi poder comprovar o que já se imaginava: o potencial de ocorrência de novas espécies de plantas e animais, devido ao grau de isolamento e ao relevo da área (serra alta cercada de terras baixas).
“A grande felicidade da expedição foi achar espécies típicas da serra, que são totalmente diferentes daquilo que se encontra na baixada amazônica”, destacou Cohn-Haft, lembrando que foram montados acampamentos entre 600 e 1.400 metros de altitude. A subida só foi possível utilizando helicóptero do Exército. “A comparação entre esses dois pontos é muito interessante para entendermos o efeito da altitude na biota”, conclui o pesquisador.
ICMBio