Os barcos solares da empresa Portuguesa Sun Concept, criada há cerca de ano e meio, foram o único projeto selecionado para um seleto grupo de finalistas do “Green Projets Awards” realizado pela consultora GCI, pela Agência Portuguesa do Ambiente e pela associação Quercus.
O portfólio da Sun Concept conta com barcos de diferentes tipologias e caraterísticas, cada qual com suas particularidades, mas todas com um denominador comum de serem construídas de forma a serem competitivas, ao nível de preço de mercado atual.
Uma das características mais atrativas destes barcos é o fato de “não gerarem custos com combustíveis”, sendo um barco com autonomia 100% elétrica através de energia solar. Todas as embarcações são de consumo zero, podendo navegar inclusive a noite, já que os Sunsailers da empresa estão equipados com baterias, que acumulam a energia captada do Sol.
“Captamos a energia do Sol, que, por sua vez, carrega um conjunto de baterias, que alimentam os motores elétricos. A autonomia, que é um dos conceitos em que estamos a apostar, é ilimitada. Ao contrário dos automóveis elétricos, que têm um problema de autonomia, o que obriga a um período de inatividade da máquina, para carregar. No caso dos nossos barcos, o conceito, na minha visão, é muito mais evoluído. É o Sol que carrega as baterias e enquanto houver sol, sempre haverá energia”, disse Manuel Brito.
A nossa ideia foi criar uma autonomia de 8 a 9 horas, sem sol, ou seja, autonomia para navegar a noite e em situações em que haja falta direta do sol. Isto permite às embarcações navegar de forma infinita, garantiu. Mesmo com todos esse pontos favoráreis, os barcos permitem o carregamento em marinas, através da rede elétrica.
Esta autonomia é garantida para uma velocidade de cruzeiro das embarcações em 5,5 nós, cerca de 12 km por hora. A embarcação navega em velocidade de até 7 nós, mas, nessa velocidade, a autonomia reduz-se para cerca da metade do tempo.
Este desempenho tem tendência a melhorar, já que há uma aposta cada vez maior na automação elétrica, a nível mundial, que faz prever avanços tecnológicos, no curto ou médio prazo, e uma redução dos custos. Manuel Brito conta com eles para melhorar os produtos e lançar novas embarcações.