Uma lancha encontrada naufragada no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, a 40 quilômetros da costa, afundou na última segunda-feira (19). A informação é da Marinha do Brasil, que abriu inquérito para investigar as circunstâncias e as responsabilidades do incidente. As duas pessoas que estavam a bordo do barco passam bem.
As autoridades foram informadas após dois dias do ocorrido porque mergulhadores localizaram o barco, por acaso, a 14 metros de profundidade na manhã de quarta-feira (21). Entre os materiais encontrados, estavam os documentos dos pescadores profissionais Silvio Ferreira e Paulo Martins Filho, informou a Fundação Florestal por nota.
Equipes da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), pela Autoridade Marítima, e da Fundação Florestal, pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado, foram nesta quinta-feira (22) ao parque marinho para vistoriar a área do naufrágio e sinalizá-lo. Por enquanto, não houve detecção de poluição hídrica no entorno da embarcação.
Ao ser notificada, a Autoridade Marítima localizou em Guarujá, na noite de quarta, os dois pescadores em casa. Eles passam bem e informaram que foram resgatados por outra embarcação quando o barco onde estavam, Margarida IV, afundou. Detalhes sobre ocorrido e a justificativa por estarem em uma área de preservação não foram informados.
O parque marinho é considerado um berçário de diversas espécies e, por isso, é uma área de preservação ambiental. Pescar, praticar caça submarina, portar material de pesca no local (mesmo que não esteja pescando), assim como gerar algum tipo de poluição, são considerados crime. O infrator flagrado está sujeito à multa e, até mesmo, prisão.
Os materiais de pesca que estavam presos ao barco que afundou foram retirados pelos mergulhadores que o localizaram. Próximo à lancha estava uma mochila com os bens pessoais dos pescadores, que também foi recolhida. O objetivo foi evitar que os petrechos pudessem ocasionar algum tipo de dano ao ambiente e aos animais marinhos.
Jornal A Tribuna de Santos